sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Eleições no Rio

O assunto pode parecer chato, mas é necessário: falemos das eleições no Rio. Essa última pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha dá o que pensar. O estudo confirma o crescimento contínuo de Eduardo Paes (PMDB/PTB/PP/PSL), que lidera com 26% das intenções de voto. Como Marcelo Crivella (PRB/PR/PSDC/PRTB) caiu três pontos percentuais (21% para 18%), já não existe mais empate técnico entre os dois principais candidatos.

Observando o início da pesquisa, em julho, podemos perceber uma disparada de Paes: de lá pra cá, o candidato subiu de 13% para 26%, ou seja, dobrou a intenção de votos. A que devemos esse fenômeno? Ele é o candidato do Lula? Outros também contam com o apoio do presidente. Leva vantagem no corpo-a-corpo? Acredito que ele não faça nada de diferente dos outros candidatos. No entanto, Paes saiu de uma condição bastante desfavorável - foi indicado como candidato após uma convenção partidária tumultuada - para a de favorito à prefeitura do Rio.

A queda de Crivella apontada pelo estudo não surpreende. Ela já vem sendo constatada há algum tempo. Sua situação parece um pouco mais clara: falta ao candidato evangélico uma boa dose de carisma, um certo 'magnetismo pessoal', algo fundamental na construção da personalidade de um líder. A questão religiosa também faz com que Crivella não seja tratado com indiferença. Ao mesmo tempo que conta com o apoio de muitos, percebe-se igualmente um índice de rejeição muito grande a sua candidatura.

Entretanto, a principal surpresa não foi causada pelos favoritos. Fernando Gabeira (PV/PSDB/PPS) saiu de 8% para 11% e embolou a disputa pela vice-liderança. O ex-deputado federal já está tecnicamente empatado com Jandira Feghali (PCdoB/PTN/PHS/PSB), que foi de 12% para 13%.

Enquanto Gabeira trabalha para desvincular sua imagem de candidato "zona sul" afeito à posturas liberais - leia-se drogas e homosexualismo - Jandira crê em um debate na Tv para alavancar sua campanha.

Apesar de a definição do primeiro turno já estar se desenhando, só poderemos ter uma noção mais consistente com a realização de um debate entre os candidatos. Afinal, uma interação entre os possíveis prefeitos com discussão de suas propostas é fundamental para as eleições.


Um comentário:

Gabriel - João Pedro - Rafael - Paulo Henrique disse...

gostei, ta parecendo caderno de economia mesmo

parabéns Marcelo